Tecnologia do Blogger.


Um domingo ideal: o corpo descansa e a mente viaja

Depois de um sábado inteiro trabalhando, nada melhor do que ter um dia para descansar antes de a semana começar novamente. Alguns domingos são tediosos, sem nada para fazer, nenhum lugar pra ir, ninguém pra encontrar. Mas outros amanhecem de forma diferente. Este domingo foi um deles.

Poder acordar tarde é o primeiro ponto positivo. A bateria do celular até acabou, mas sem crise: Não precisa de despertador nenhum e ligações antes das 11h não são bem-vindas (não em um domingo, pelo menos). Outra coisa boa desse domingo: O boy magia iria fazer o almoço, então minha única função era me entreter até essa hora.

E eis a receita: Pegar um pão caseiro de bacon com patê de alho comprado na Feirinha da 24, fazer um café extra forte e continuar a leitura de “Paris Apaixonada: um livro de memórias”, de Eloísa James. Lendo, comecei a andar pelas ruas de Paris, visitar a Itália e a Alemanha com a autora e depois voltar para a Cidade Luz, seus bistrôs, museus, vitrines, senhoras de 70 anos vestindo Chanel e tantos outros detalhes. O café começa a fazer efeito e fico inquieta. Vou até a cozinha perturbar o boy.

“Sabe o que  a gente podia fazer? Ano que vem, quando você se formar, a gente usa o couchsurfirng pra fazer um tour pela polinésia e pela europa e depois vamos trabalhar nessas fazendas orgânicas em vários lugares do mundo”, eu digo. E começamos a discutir sobre isso, sobre quanto dinheiro precisamos guardar, sobre quando vai ser a formatura dele, sobre quando finalmente poderemos desbravar o mundo.



Volto para o quarto, leio mais um capítulo, mas a mente continua inquieta. O filé de porco que o boy está fazendo começa a cheirar pela casa. Depois de um café da manhã delicioso, começo a ficar com fome de novo. O cachorrinho de estimação da casa fica perambulando entre os quartos, querendo acompanhar todo mundo. Quando deito na cama, ela deita também. Olho no computador o preço da passagem até a polinésia. Mais de R$ 7 mil pra cada um. Impossível.



“Sabe quanto custa uma passagem pra polinésia?”, pergunto para o boy, que está jogando videogame enquanto o filé de porco ganha sabor, cheiro e textura no forno. Ele me olha desanimado. Almoçamos. 



Depois, ficamos pesquisando destinos interminávelmente. Tem uma fazenda orgânica na Romênia que alimenta e convive com lobos. Já pensou? Tem outra na Itália que tem uma vista incrível. Um casal em Toga, na Oceania, precisa de ajuda com o negócio de levar turistas para nadar com baleias. Nadar com baleias! Mas a passagem é muito cara, como faremos?

Pesquisamos caronas com veleiros. Existe um site só pra isso: você pegar carona e trabalhar no veleiro em troca do transporte. Ou simplesmente ficar velejando por ai indefinidamente. A solução dos nossos problemas. Nas férias do trabalho, antes do boy se formar, vamos velejar por um mês, só pra ver como que é e pegar experiência. 

Um dia, que sabe, vou escrever deste blog depois de ter nadado com algumas baleias na oceania. Ou de ter caminhado com lobos na Romênia. Ou de ter velejado do Brasil até a Polinésia Francesa. Quem sabe. Sonhar não custa caro. E pelo jeito o que a gente quer, também não.


Stéfanie Medeiros.

1 comentários:

  1. Adorei, Stéfanie!
    Adoro pessoas com sonhos fora da caixinha e que realmente acreditam que podem dar certo.
    Muito bom o texto.
    :D

    Beijooooooooo

    www.casosacasoselivros.com

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário ;)

Blogger Template Mais Template - Author: Papo De Garota