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Se Eu Ficar - Um pouco sobre o livro


Um livro de doer o coração, te deixar com a garganta apertada e com um nó no estômago. Se Eu Ficar, de Gayle Forman, ficou mais conhecido no Brasil depois que foi anunciado que estava virando filme com a bonitinha da Chloë Grace Moretz (Que, por falar nisso, estreia hoje, gente!). Quando vi o trailer há uns dois meses, fiquei louca para ler o livro antes da versão de cinema e corri para ter um para chamar de meu e posso dizer: É excelente.


Já advirto: Se Eu Ficar vai te fazer chorar. Mas também vai te divertir. É um paradoxo que a autora Gayle Forman soube lidar muito bem. A história do presente é tristíssima, mas com trechos no passado bem humorados e alegres. 

Mia, uma violoncelista nerd de 17 anos, é feliz. Tem os pais mais incríveis do planeta, um irmão maravilhoso, um namorado sensacional, uma melhor amiga divertida e está prestes a entrar na mais conceituada escola de música dos EUA. Até que num dia de neve sai de carro com a sua família. Um acidente terrível faz com que o passeio chegue ao fim de forma drástica e Mia vê toda a sua família morta no asfalto. Só que ela percebe um detalhe: Além de ver o corpo dos seus pais e do seu irmão, Mia vê o próprio corpo sendo socorrido pelos paramédicos. Ela está em coma profundo e pode presenciar tudo o que acontece.

A partir daí, a garota acompanha o seu eu físico para o hospital e participa de toda a comoção ao seu redor sem poder interferir em nada. Vê os avós, os tios e os familiares chegando para esperar por notícias, vê médicos e enfermeiras cuidando dos seus ferimentos, vê a melhor amiga fazendo de tudo para se manter em pé e vê Adam, seu namorado, tentando loucuras para conseguir chegar até o seu corpo na UTI.

Gayle Forman
Mia percebe, por meio de um comentário de uma enfermeira, que a decisão de voltar a vida ou de morrer depende apenas dela. Então a violoncelista, naquele estado suspenso de existência, começa a pesar os dois lados da balança: Ir para um lugar sem dor, sem machucados e talvez com a sua família reunida ou viver em um mundo em que as pessoas que mais amava no mundo se foram e ela precisa passar por vários procedimentos médicos?

Enquanto as horas passam, Mia precisa tomar sua decisão entre ir ou ficar e vai lembrando a sua vida toda, com flashbacks deliciosos de ler. Pode até parecer óbvio para o leitor pensar “É claro que ela deve escolher a vida”, mas a garota era tão ligada à sua família, que só de pensar em viver sem eles é o terror para Mia. Ao mesmo tempo, a dúvida surge porque ela não quer abandonar as outras pessoas que ficaram para trás. É completamente compreensível.

Gayle Forman merece palmas. Soube escrever algo muito triste sem ser melodramática demais ou depressiva, além de sempre botar uma ponta de humor, sarcasmo e doçura tanto nos momentos de flashbacks quanto no hospital. Mia é uma personagem para se acolher e amar. Passamos a conhecê-la perfeitamente, já que o livro é narrado em 1ª pessoa por ela. Seus pais, então, são os melhores pais literários que eu já vi. Ex-punks, deixaram bandas e noitadas de lado por causa da família, mas mantiveram o espírito jovem, descontraído e maluco da personalidade. Apesar de roqueiros, aceitam completamente Mia ser musicista clássica. Adam, o namorado, é o oposto de Mia, mas um cara incrível e completamente louco por ela. Dá para se apaixonar perdidamente. Kim, a melhor amiga, e Teddy, o irmão, também são personagens com espaço no coração do leitor.

A história nos faz refletir sobre vida, amigos, família, amor e decisões difíceis de forma suave. Em breve, a autora vai lançar a continuação narrada por Adam, mas nos dá um gostinho do livro 2 colocando o primeiro capítulo no final de Se Eu Ficar.

Agora é ir ao cinema assistir o filme baseado na obra. Ansiosa me define.

Recomendo muito.

Teca Machado

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